quarta-feira, setembro 08, 2010

encontro com a morte em Samarra (I)

                                          (foto alojada no blog Samarra Hills)
 
recordo hoje uma historia reproduzida pelo rui herbon há algum tempo atras, no blog jugular e que me lembro muitas vezes e por isso a quero tambem partilhar.
para mim é uma reflexao sobre a nossa existencia, relembra-nos tb como esta é transitoria e q nos deveriamos concentrar nas pessoas e coisas mesmo importantes da nossa vida.
quando ouvirem "para o ano vamos,... fazer de maneira diferente", lembrem-se desta historia.
um ano é imenso tempo... nós nao temos esse tempo. é fazê-lo agora, no trabalho, na escola ou universidade, na familia, entre amigos ou com o/a namorado(a).


Havia um comerciante em Bagdade que mandou o seu servo comprar provisões ao mercado, e daí a pouco o servo voltou, pálido e trémulo, e disse: «Senhor, agora mesmo, quando estava no mercado, fui empurrado por uma mulher, no meio da multidão, e quando me voltei vi que fora a Morte quem me empurrara. Ela olhou-me e fez um gesto ameaçador; por isso, empreste-me o seu cavalo, e sairei desta cidade, para escapar ao meu destino. Irei para Samarra, e aí a Morte não me encontrará». O comerciante emprestou-lhe o seu cavalo, o servo montou nele, enterrou-lhe as esporas nos flancos e partiu tão velozmente quanto o cavalo podia galopar. Então o comerciante foi ao mercado e viu-me, de pé, entre a multidão; aproximou-se de mim e disse: «Por que fizeste um gesto ameaçador ao meu servo quando o viste esta manhã?». «Não foi um gesto ameaçador», respondi, «foi apenas um sobressalto de surpresa. Fiquei espantada por vê-lo aqui, em Bagdade, pois eu tinha um encontro marcado com ele esta noite, em Samarra».

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