quinta-feira, fevereiro 25, 2010

justiça divina nao tao tarda assim...

so para nao me armar em esperto acabei por apanhar com a velha.

terça-feira, fevereiro 23, 2010

INFO INSTITUCIONAL

o hospital garcia de orta no parlamento nacional, pela intervençao do PCP a 14 de fev de 2010.

aqui

Afinal,...sem moralizar

Ter ou manter um “espirito aberto” seja o que o que for que isso signifique é um lugar comum na boca de muitos. Relembro um filme sobre o assunto que anteriormente postei neste blogue e que é paradigmatico para esta mesma reflexao.
Pessoalmente, desejo ter capacidade mental suficiente para poder tomar a atitude mais adequada perante factos que me sao estranhos ou adversos pelas minhas crenças ou pré-conceitos.
Mas da teoria a pratica há um longo caminho a percorrer e a paciencia esgota-se...
Na minha pratica clinica a situação em concreto que me tem feito reflectir ultimamente, refere-se à questao das testemunhas de jeová.
Juro que respeito a opiniao deles, aceito mesmo a decisao, seja qual for a sua motivação (religiosa ou não), pela recusa à administraçao de sangue. Aceito essa opçao com toda a naturalidade tal como aceito a recusa por um proposta cirurgica ou por um comprimido.
Mas sou completamente intransigente e impermeavel à imposiçao da sua opiniao, ao arremesso de papéis legais politestemunhados, à intolerante agressao argumentativa da (nossa) redençao a uma entidade superior. Não posso aceitar esta atitude porque eu não tenho qualquer desejo de impor ou demonstar qualquer outra moral ou tentar convence-los do contrario daquilo em que acreditam. Exigo o mesmo, nada mais.
Confesso que realizei varias tentativas honestas em estabelecer sintonia, comunicar, ajudar a desconstruir fraudes pseudocientificas mas tendo sofrido varias investidas inquisitivas sobre qual a minha opiniao sobre as suas crenças, outras tantas persuadindo-me na leitura da patetica declaraçao de isençao de responsabilidade (como se isso limpasse a “alma” e fosse a panaceia para as questoes morais e de consciencia individuais) chegamos ao ponto do não retorno. E a consulta termina aqui.
A velhinha continuava a sua açao de terrorismo fazendo-me sugerir subtilmente a subjugaçao da sua “imaginaria equipa cirurgica (modelo vitoriano)” na qual o anestesista e demais profissionais, obedeciam às determinaçoes e desejos do cirurgiao ou “operador”. Este último , "o" termo, comumente recorrente no lexico fantasioso de uma parte da populaçao ignorante. É obvio que este tipo de relaçao profissional não existe num bloco operatorio. É tao obvio que se torna ridiculo detalhar mais em pormenores.
Perante tal barreira intransponivel na comunicação, que constatei com tristeza, dei sinal do fim da consulta, dirigindo-me à porta, apos todos os objectivos da minha consulta terem sido realizados. Verifiquei o delirio manifesto na espiral de ruminaçao e evocação de direitos mesclados com evocações divinas e profecias, em cristalizaçao de posiçao e completamente surda ao dialogo.
Tenho felizmente poucos casos de comunicaçao impossivel na relaçao medico doente e quando sucedem, lamento-os mesmo. Sao como naufragos e ve-los impotente a afundarem-se apesar das boias e dos braços, na tentativa de os alcançar. Sofre-se com isso, angustiamo-nos com a situaçao apesar de toda a racionalidade e abertura mental.
Efectivamente sem moralizar.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

sem moralizar... - sound 80´s


Adoro o campo, as árvores, as flores
jarros e perpétuos amores
que fiquem perto da esplanada de um bar
com os pássaros estúpidos a esvoaçar

adoro as pulgas dos cães
todos os bichos do mato
o riso das crianças dos outros
cágados de pernas para o ar

efectivamente escuto as conversas
importantes ou ambíguas
aparentemente sem moralizar

adoro as pegas e os pederastas que passam
(finjo nem reparar)
na atitude tão clara e tão óbvia de quem anda a engatar
adoro esses ratos de esgoto
que disfarçam ao dealar
como se fossem mafiosos convictos habituados a controlar

efectivamente gosto de aparências
imponentes ou equívocas
aparentemente sem moralizar

terça-feira, fevereiro 16, 2010

...enquanto isso, em pampilhosa da serra...

a reportagem sobre a catastrofe que se abateu sobre o interior (ostracizado e esquecido, como dizia o outro) contrasta com a serenidade de mais um dia de inverno à D. Zulmira que teve os seus 5 minutos de fama :)

é que realmente ha coisas simples, como vestir uma camisola de lã quando o frio aperta.

ouvir aqui

sábado, fevereiro 13, 2010

fundamentalismos e comunicação

ha fundamentalismos por toda a parte e todos os dias. ha que manter a mente intelectualmente ginasticada para compreender estes fenomenos, o que nao significa a aceitaçao de palavras, atitudes e comportamentos deste grupo de pessoas. tolerancia nao é a palavra adequada ja que a mesma sugere implicitamente uma superioridade moral. a comunicaçao é a chave para a soluçao do problema, mas só pode existir se nao matarem o mensageiro, nao queimarem a mensagem e nao dessintonizarem a frequencia no posto de rece(p)ção.