terça-feira, setembro 28, 2010

falsos pudores e moralismo a metro, de pais e outros responsaveis da educaçao

opiniao de eduardo pitta sobre a educaçao dos meninos.

domingo, setembro 19, 2010

um ano é um tempo imenso

um ano é um tempo imenso.
ja tinha expressado esta opiniao noutro post e confesso q me impressiono quando alguem com muita calma (que so pode ser justificada por ignorancia ou sensaçao de imortalidade) aceita fazer q outros percam anos da sua vida a desempenharem tarefas ou realizarem formaçoes inuteis...porque somos inteligentes, quando detectamos um erro, este deve ser corrigido de imediato. nao temos tanto tempo assim e um ano é uma eternidade. é uma questao de respeito, para nós e para com os outros.
o video que me enviaram hoje refere-se mesmo a essa questao e de um modo muito forte.

(o autor do video aqui)


O tempo não pára!
Carregado por mark_kohler. - Mais videos sobre o estilo, a moda e o faça você-mesmo

sexta-feira, setembro 17, 2010

mourinho e declaraçoes faceis

estas declaraçoes sao aquelas q todos em portugal queriam ouvir de jose mourinho e foram essas q ele proferiu.
a posiçao dele é a mais facil, porque caso nao se concretize, ele nunca será responsabilizado pela decisao.
para consumo interno de nacionalismo bacoco serao mais uma vez diabolizados os sacanas dos espanhois, seguida da sua entidade patronal (real madrid), integralmente soberana na decisao sobre esta questao.
o outro pilatos da questao é o desgraçadinho madail, que ate foi a madrid tentar tudo o que podia.

chimamanda adichie II - a princesa (negra) e o sapo

os tempos vao sendo diferentes,... se é verdade que chimamanda adichie na sua infancia só lia historias de principes e princesas, brancos e de olhos azuis, de personagens que brincavam na neve e comiam maças a disney tem contribuido para que nao exista apenas a tal historia unica de que nos fala a escritora nigeriana.


robot da vinci tambem em anestesia

a evoluçao tecnologica continua a fascinar geraçoes.
o hospital da luz destaca-se este ano por ter sido o pioneiro em portugal na introduçao da cirurgia robotica.
o sistema é conhecido por da vinci e foi em junho de 2010 que se realizou a primeira cirurgia, como podem rever aqui neste video da estaçao de televisao SIC.



mas afinal parece que o da vinci nao se vai limitar apenas aos atos cirurgicos.
foi publicado este mes, setembro 2010 na Anesthesia & Analgesia a evoluçao do robot cirurgico, afinal tb na area da anestesia locorregional. nenhum procedimento anestesico foi ainda realizado em doentes, com o auxilio deste sistema robotico da vinci, mas o futuro é promissor.

deixo aqui o resumo da PUBMED



Anesth Analg. 2010 Sep;111(3):813-6. Epub 2010 Jun 25.

Technical communication: robot-assisted regional anesthesia: a simulated demonstration.

University of Florida College of Medicine, PO Box 100254, Gainesville, FL 32610-0254, USA. ptighe@anest.ufl.edu

e mais discussao sobre o assunto no Anaesthesia UK

quinta-feira, setembro 16, 2010

Conferencia TED Chimamanda Adichie - Nigeria - A Historia Unica

as conferencias TED (que significa tecnologia, entretenimento e design) têm-se tornado muito conhecidas pela sua elevada qualidade e pela participaçao de peritos (muitos deles figuras publicas) nas mais diversas areas. o espirito das conferencias resume-se na expressao "ideas worth spreading" e aparentemente parece que ha mesmo ideias que valem a pena serem divulgadas.

Chimamanda Adichie é doce, bonita e a sua conferencia de cerca de 20 minutos, realizada ha 1 ano, flui entre o doce humor africano e os problemas serios que valem a pena ser discutidos. fala-nos sobre a "nossa" história unica, as nossas verdades, os nossos preconceitos, a nossa maneira de pensar de como as coisas são. nao poderia haver tema mais actual do que este e vai permanecer atual durante toda a existencia da humanidade em minha opiniao, nao obstante podemos sempre fazer algum exercicio mental para nos colocarmos num outro ponto de vista e ver o mesmo problema de uma diferente perspectiva.

vale mesmo a pena partilhar aqui neste espaço esta conf, mas confesso que o faço mais pela minha comodidade e por saber onde a encontrar porque depois de muito tempo perdida pelo mundo da internet, so agora, com muito esforço a consegui recuperar.


o site disponibiliza legendagem em portugues (irrita-me a divisao entre portugues do brasil e de portugal), mas prometo que isso ficará para outro post, por se tratar de um tema mais vasto e complexo.




(ativar as legendas em portugues para quem o desejar)

sábado, setembro 11, 2010

parlamento europeu e emissoes de carbono

parece mesmo verdade. procurei só mesmo pela curiosidade, porque há já bastante tempo, substitui todas as lampadas que uso, pelas de baixo consumo. desde então não me lembro de ter tido necessidade de as substituir.
agora parece mesmo que foram mesmo retiradas as lampadas de 75 W incandescentes. hoje ja nao as encontrei no supermercado.

consultar aqui a normativa da uniao europeia.

quinta-feira, setembro 09, 2010

encontro com a morte (III)

recebi-os à porta como ritualmente faço a todos os doentes.
entrando, lentamente instalaram-se no desconforto de verao do gabinete. estavámos qual africa equatorial. ate mesmo uma pesada e velha ventoinha amenizava o ar quente. de modo informal, procurei aliviar a tensao daqueles dois dias que faltavam para a operaçao agendada. era um procedimento frequente.
«sabe doutor, o meu marido tem uma pilha no coraçao». os seus 80 anos justificavam-no bem, pensei.
revi as analises e restantes exames, completei o resto do questionario pre-operatorio e concluí que estava tudo pronto.
sem autorizaçao, também lá tinha entrado e aí permaneceu silenciosa.
o seu sorriso paciente de troça, por tras do casal, olhando para mim.
acompanhou-a no segundo dia do pós-operatorio, sem aviso, sem mais nada.


                                            (foto retirada da BBC)

encontro com a morte (II)

na A1 antes do acidente, passei pelo futuro morto.
recebi em lisboa, pela televisão, a noticia de que a morte viajava ao meu lado, na auto estrada e saiu em coimbra.

quarta-feira, setembro 08, 2010

encontro com a morte em Samarra (I)

                                          (foto alojada no blog Samarra Hills)
 
recordo hoje uma historia reproduzida pelo rui herbon há algum tempo atras, no blog jugular e que me lembro muitas vezes e por isso a quero tambem partilhar.
para mim é uma reflexao sobre a nossa existencia, relembra-nos tb como esta é transitoria e q nos deveriamos concentrar nas pessoas e coisas mesmo importantes da nossa vida.
quando ouvirem "para o ano vamos,... fazer de maneira diferente", lembrem-se desta historia.
um ano é imenso tempo... nós nao temos esse tempo. é fazê-lo agora, no trabalho, na escola ou universidade, na familia, entre amigos ou com o/a namorado(a).


Havia um comerciante em Bagdade que mandou o seu servo comprar provisões ao mercado, e daí a pouco o servo voltou, pálido e trémulo, e disse: «Senhor, agora mesmo, quando estava no mercado, fui empurrado por uma mulher, no meio da multidão, e quando me voltei vi que fora a Morte quem me empurrara. Ela olhou-me e fez um gesto ameaçador; por isso, empreste-me o seu cavalo, e sairei desta cidade, para escapar ao meu destino. Irei para Samarra, e aí a Morte não me encontrará». O comerciante emprestou-lhe o seu cavalo, o servo montou nele, enterrou-lhe as esporas nos flancos e partiu tão velozmente quanto o cavalo podia galopar. Então o comerciante foi ao mercado e viu-me, de pé, entre a multidão; aproximou-se de mim e disse: «Por que fizeste um gesto ameaçador ao meu servo quando o viste esta manhã?». «Não foi um gesto ameaçador», respondi, «foi apenas um sobressalto de surpresa. Fiquei espantada por vê-lo aqui, em Bagdade, pois eu tinha um encontro marcado com ele esta noite, em Samarra».

segunda-feira, setembro 06, 2010

Dr Eduardo Barroso, o que foi aquilo? um grito?

o futebol deve mesmo pôr a cabeça de um homem em agua.
ouvir perto do minuto 1:26 o momento de loucura. e a velocidade com que admite ter errado. é comovente.
no coments é mesmo para ver e pasmar

sondagem sobre o SNS, set 2010

ja se encontra aberto a todos aqueles que desejem participar na nova sondagem deste sítio.
este mes foi pergunto a opiniao sobrea gratuitidade dos serviços do SNS.
este post ficará aberto para comentários a todos que para alem do voto, desejarem deixar tambem a sua opiniao sobre aspectos referentes ao SNS.
no final do mes serao apresentados os resultados da sondagem encerrada.

domingo, setembro 05, 2010

em desespero de causa

ao longe, no fim do corredor, apenas se via a cabeça com cabelo farto, forte e escuro entremeado de branco eriçado, em desalinho como juba de leão velho, mal tratado e seco. aproximei-me mais e as sobrancelhas espessas, saltavam espetadas, onde alguns pelos picavam em martírio as pálpebras. uma suja poeira incrustada em torno dos olhos fechados de um negro prestes a explodir numa pele sebosa e suada eram o pó-de-arroz de uma testa e nariz marcado por rugas vincadas, e depois... mais cabelo, bigode farto, mento escuro, boca e alguns dentes escuros de podre.

embrulhada, numa bata do hospital de atilhos gastos, como um chouriço, aguardava à porta do bloco, onde o corpo evidentemente maior que a maca que lhe coube em sorte, estava encravado e protegido para seu bem, entre as grades. one size fits all, tamanho único, espartilho castigador, tormento para os doentes quando se mexem e penoso para os prestadores, seus carrascos quando os cuidam. um lençol e cobertor recobertos por uma colcha branca kitsch tornavam-na mais apresentável ao longe. os braços esticados, espásticos, firmes ao longo do corpo sob o qual passavam em desalinho de novelo desfeito e entre as camadas do aconchego hospitalar os tubos e torneiras do soro, não funcionante, adornando o pacote para operar. as mãos deformadas, unhas curtas, rentes e escuras.

aproximei-me e antes de lhe tocar, saudei-a. não reagiu. voltei, insisti e repeti mais alto. abriu os olhos e um olho branco opaco, amaurose certa, surpreendeu-me. o outro fitava o infinito. "sou muito surda" disse, "tem de falar mais alto". aproximei-me. suor acido, hálito ligeiro a jejum prolongado, pele húmida, macerada, não ouvia mesmo mais alto, nem mais perto. desisti e resumindo disse-lhe "vai ser operada. tratar da perna". "seja como deus quiser" respondeu. resmunguei comigo e sozinho. mais uma vez a mesma historia.

com esta frase e a sua fraca audição toda a comunicação é um grande vazio, tão grande como a minha tristeza. incompreensão, frustração, impotência plena e revolta (muita,...) pela perda da dignidade, pela aceitação do destino, sem luta, sem exigir, sem perguntas, sem reclamar. procuro então concentrar os meus esforços em explorar mais algumas pistas que me ajudem a tornar irrepreensível o meu ato terapêutico. preocupei-me com a sua dignidade e a sua privacidade, o local permitia isso e avancei para o tórax e depois para o abdómen. descasco mais uma camada da cebola hospitalar, a custo, com algum gemido, condescendendo ao meu gesto e facilitando-me o que procuro. descubro a barriga e vem com fralda, cheiro intenso a urina esquecida e velha.

resmungo comigo, sozinho porque não aceito. não há inocentes. somos responsáveis pelas opções que tomamos ao longo da vida e pela nossa condição atual. a demência seria implacável desligando-a do presente e realidade. não seria capaz de evocar o seu deus, de articular frases sobre a sua sorte, o seu destino, de me pedir para falar mais alto, de me explicar que não ouve. a velha egoísta recusa-se a participar, de me dizer se está medicada, se sofre do coração, se tem o sangue espesso ou uma pilha no coração. a estas perguntas obtinha gemidos de preguiça e de desinteresse. decidiu deixar tudo na mão do sobrenatural. nada era útil no concreto da sua doença aguda e consciente negligenciava a sua própria salvação. terminei a minha observação e sugeri “vou fazer uma pica nas costas”. desconversava quando lhe perguntava sobre a sua vontade. parecia não ser mais o momento da sua vontade. agora já não era ela, apenas se limitava a evocar o seu deus. por isso me ignorava, desconversava. esta violência psicológica “o doutor é que sabe” era a sublime declaração de uma indiferença total. senti-me posto de parte e excluído. tinha chegado tarde demais. tudo aquilo fazia parte do plano já há muito negociado entre ela e deus. por isso a única resposta possível só poderia ser "seja como deus quiser". sentia o sabor amargo de ter sido convocado e sem opção, tornar-me o executor deste destino planeado à minha revelia e não assumido.

de revolta e raiva, resmunguei ainda mais veementemente … “pois sou. é isso mesmo. eu é que sei. e vai ser como eu quero”. a loucura cegava-me. como podia aquela velhaca ignorante e burra ser egoísta e de me magoar assim, tornando-me instrumento e intermediário do seu destino. porra! as coisas não tinham de ser assim, estava ao seu alcance torna-las diferentes. para que me pedia para lhe falar mais alto, se afinal estava tudo já decidido à vontade de deus? como pode delegar tudo nas mãos de uma abstração? como pôde aceitar ficar refém numa armadilha cultural onde ela própria se mutila? porra! como pode aceitar isto sem condição? como não questiona? porque não exige aquilo que quer? “que burra, que raiva, que nojo isto me mete”. e afinal? o consentimento, a dignidade, a autonomia,... porra! que egoísta! que velhaca! qual destino, qual tretas! este é o verdadeiro inferno. o inferno na terra.

os seus 93 anos não eram uma felicidade para quem se aproximava deste corpo abandonado. os seus olhos continuavam perdidos na luz branca do bloco operatório do velho hospital onde, há sete dias, tinha dado entrada. foi sorte uma vizinha, ter notando falta dela há já quase dois dias. tão faladora, sempre na sua janela da casa térrea do bairro, onde habita quase à porta do mercado. foi encontrada estendida no chão de sua casa, já sem forças e sem conseguir mexer-se. queixava-se muito, gemia e não se deixava tocar. por isso os bombeiros a trouxeram. afinal tinha uma fratura.

preenchida a papelada, arrumou-se na enfermaria. intermitentemente ficava em jejum ate ter vaga para ser operada. coisa urgente claro, que fraturas nestas idades são muito perigosas, todos sabem. mas haviam muitos iguais a ela, alguns há já mais de 15 dias. todos na mesma penitencia. a cada dia definhava, ficava mais seca e mais fraca. a língua formava lixa, os olhos afundavam-se, os braços elevavam-se tremendo lentamente e com as mãos agarrava nada.

a pouco e pouco a felicidade que sentiu por ter sido encontrada caída, ia-se apagando e com o passar do tempo (horas ou seriam dias?) não se lembrava mais do que tinha de fazer, de onde estava afinal. olhava em volta e perdeu os seus retratos, o relógio da parede tinha-se tornado invisível, tudo era branco, a sua telefonia estava sem som e agora ouvia todo o dia e toda a noite vozes, berros, risos, sons estranhos e estremecia. queria virar a cabeça e ver de onde vinham estes barulhos mas doía o pescoço, as costas ardiam, as formigas subiam pelas pernas e ferravam, os dedos serrados... sentia solavancos e o corpo tremer, por vezes. faltava-lhe o ar, estava quente, muito quente, sentia sede....cansada desta guerra sem descanso, adormeceu.

finalmente foi decretado o fim dos dias de penitencia, mas julgo que não notou. a cama abanou mais no transporte para o bloco operatório e os gemidos aumentaram. todos estavam concentrados naquele papel. era mais uma cama que traziam ao bloco. e o gemido dos velhos era sempre assim. calou-se quando a cama parou. muito diferente da janela da sua casa, onde passava as manhas a cumprimentar todos os que por lá passavam, no hospital ela tinha-se tornado invisível. passaram-se papeis. os olhos presos lá longe. de súbito sentiu a cabeça desamparada cair no vazio e gritou de susto. a almofada tinha de regressar, não podia ficar com ela, porque era da enfermaria e estavam contadas. foi transferida a braços para a mesa ortopédica. era um ritual mecanizado “é só um bocadinho”, berravam todos segundos antes do puxão, porque quanto mais rápido, menos dói. uivos de dor e berros ”não se agarre aí. tem de ter calma. já esta. portou-se muito bem”. lábios cerrados, finos e rugas ainda mais vincadas, não eram sinal de alivio ou calma. Ainda ficou assim alguns minutos. sem saber, ficou arrumada e tapada por um biombo que lhe protegia a privacidade, enquanto ainda terminava a cirurgia na sala que lhe destinaram.

depois da picada nas costas, as dores que a martirizaram desapareceram magicamente. agora podíamos transporta-la para onde quiséssemos porque estava sossegada. para ela, foi nessa altura que a sua perna ficou tratada. aguentou solenemente o posicionamento que determinamos, dormitou e fechou os olhos tranquila. a perna foi operada.

quando acabou, lá lhe dissemos baixinho ao ouvido que a perna estava tratada. sorriu e agradeceu. afinal era apenas surda quando lhe gritavam. o seu sorriso dava-lhe um ar tranquilo. aquele que nunca mostrara desde que teve o safado acidente. no caminho para a sala do recobro acenava a todos e agradecia. o sorriso nunca fora tão expressivo. os enfermeiros que a acolheram puseram-na confortável e aquecida, ficou vigiada também com toda a maquinaria tecnológica com fios de todas as cores e monitor digital.

ao longe, já com outro doente ouvi, um som agudo, fininho e continuo do monitor. era a margarida. mas ela não se incomodou, continuou a dormir sorrindo.

sábado, setembro 04, 2010

sinais de pobreza (III)

estao a aumentar o numero de bombas de gasolina em pre-pagamento, ou é impressão minha?

sinais de pobreza (II)

velho, lento, camisa suja com farrapos de teias de aranha (?) arrasta-se em volta da montra frigorífica do supermercado. agarra em embalagem de pés de galinha. leva duas.

sinais de pobreza (I)

em movimentos exploratorio, como rafeiro que fareja por alguma coisa esquecida, um rapaz discreto finalmente concentra-se no seu alvo. refaz o seu percurso e aponta em direçao certeira à mesa onde levanta, como se tivesse esquecido, o pacote de uma refeiçao King Burguer ainda com as batatas fritas que tinham sido rejeitadas.

balbúrdia

é mesmo uma balbúrdia de ideias misturar o processo casa pia, com o centenario da republica portuguesa e o regime monárquico em portugal (ver aqui).
uma tal confusão de ideias, só pode gerar desempenhos morosos e complicados, seja na area da justiça, da saúde, do jornalismo, nao é Luis Coimbra? é o diletantismo que o eça nos fala. parece q nos esta nos genes (seja o q isso for).
e para acrescentar nao me parece que a justiça nos estados unidos, alemanha, suiça, austria (todos paises nao monarquicos) seja assim tao morosa. "viés de selecção" responderão alguns monarquicos.

quarta-feira, setembro 01, 2010

o satus nim

os invertebrados, os medulares e os corticais.

os invertebrados são os mais abundantes e tropeçamos com eles todos os dias.
são gente dissimulada, vermiforme, escorregadia. geram sentimentos de amor e ódio, de injustiça, de sorte e azar em quem os rodeia. mantém por isso grupos de apoio que simultâneamente os toleram mas que os criticam. ascendem a funções de decisão pelas suas próprias características vermiculares proporcional ao grau de incompetência e depois de instalados são verdadeiramente víricos. como não são habitualmente autoritários, mantém uma popularidade entre alguns grupos que os toleram mas que os criticam. servem de tampão para outros, verdadeiramente crápulas, autoritários e sem escrúpulos. mas é um preço elevado a pagar, vivendo em permanente estado nim.
num estado suspenso, não fazem, não decidem, não deixam fazer, bloqueiam e congelam tudo em seu redor porque têm medo. destroem as instituições onde se instalam, desmotivam os grupos e promovem a discórdia e o boicote. não promovem o desenvolvimento de uma atividade fluída, eficaz e com resultados objetivos e quantificados porque temem a avaliação de si próprios e dos resultados daqueles que dirigem.
assim os invertebrados, não sendo autoritários e colhendo o apoio de alguns grupos, ainda assim não são benignos. têm necessidade de satisfazem a sua pouca autoestima iludindo-se em demonstrações do seu poder, exercido sobre os mais fracos da cadeia hierárquica alimentando o seu fraco ego.
sintetizando poderia utilizar as palavras do poeta "o fraco rei faz fraca a forte gente".
os medulares são sinápticos simples entre o sim/não.
habitualmente não apresentam iniciativa organizada mas não a limitam.
as suas decisões, pode ser contrarias à nossa vontade, mas à primeira vista parecem ser mais sensíveis à apresentação de uma argumentação lógica. a completa ausência de racionalidade em algumas decisões é sua a limitação, sendo conhecidos por serem brutos e impulsivos.
os corticais, sofrem a angustia de sobreviver neste contexto, mas têm a obrigação de vencer.