quinta-feira, dezembro 31, 2009

pensamento critico

ainda bem que voltei a encontrar este pequeno filme sobre o pensamento critico

quarta-feira, dezembro 23, 2009

tungas!

isto é para eu nao achar que só os portugueses tem mau gosto.
em pleno centro historico de roma, a paisagem é enriquecida por imagens como estas.
proliferam nesta quadra festiva, ao dependuro e em verdadeiro suplicio, os enforcados...

 

da viagem

chegado ao oriente imaginava-me nas próximas 3 horas embalado no sossego da carruagem conforto e o frio cá fora à espreita.

o vizinho que me calhou em sorte, combinava freneticamente almoços, pelo seu aparelho electrónico, sucedendo-se contactos em catadupa, queimando todos os dias em repastos ate ao fim do ano,...sete vezes, sete almoços e sete vezes a sua historia: “sim, estou em portugal, estou agora no estado maior mas apenas até 31 de dezembro, vou passar à reserva” ;“…e tu já devias ter metido os papeis qu´isto p´ro ano vai ser pior”.

está visto que não podia faltar o contacto para a cunha, por isso logo se apressou a providenciar mais um almoço, para que se falasse “lá em cima” sobre a sua promoção ainda antes da cerimonia da passagem à reserva. “onde estas tu?”, começou assim o contacto telefónico, delicadamente como deve ser, “venho a caminho de lisboa” foi a resposta.

ora se eu ia era a caminho do porto e ambos estávamos no mesmo comboio, fiquei confuso. pensei que devia ser por ele viajar de costas e nessa posição é assim que se fala!

claro que tudo isto acontecia, como se ele estivesse a falar em cima de um monte, em meio rural e completamente isolado do mundo apenas com uma cabra aqui e outra lá longe. raios me partam porque não perde a rede, o sinal, o satélite, pelas alminhas…continuei pacientemente a tentar concentrar a minha atenção nas noticias do jornal que distribuíram no comboio, mas o que se passava em volta de mim era tão mais pitoresco que me deixei ir na fantasia que complementava a observação do paquiderme militar.

Ia já cabeceando quando recostando-me para cochilar embalado, me alcança um fedor alcoólico, do soldadinho. fui salvo entretanto pela chegada do serviço de oferta da classe conforto, com outros cheiros e outros vapores. na minha sobranceria preconceituosa o pedido de um chá de camomila pelo meu vizinho apanhou-me de surpresa e pensei que afinal estava a ser muito injusto e o chazinho o iria acalmar. engano meu… logo voltou aos seus grunhidos para o aparelho que desatou a debitar ruído psicadelico. desta vez era o coronel. finalmente decidi recostar a cadeira e passar pelas brasas.
bom natal.